12/03/2024 às 14h23min - Atualizada em 24/03/2024 às 00h13min
Biólogo curitibano que trabalha com adestramento positivo de animais é homenageado em evento nacional
Pedro Fontoura, fundador da empresa Jeito Animal, recebeu a Medalha Cinquentenária das Forças de Paz do Brasil
Fabiana Lima
@jeitoanimalbr
Foto divulgação.
Os 11 anos dedicados à prática do adestramento positivo renderam a condecoração com a Medalha Cinquentenária das Forças de Paz do Brasil ao biólogo, comportamentalista e adestrador curitibano Pedro Fontoura, fundador da empresa Jeito Animal. A honraria criada pela Associação Brasileira das Forças Internacionais de Paz premia ações que fazem a diferença na sociedade. A homenagem foi entregue na Câmara Municipal de São Paulo na terça-feira, dia 20 de fevereiro.
“Receber esta medalha, das mãos de um oficial, é um reconhecimento que transcende o pessoal, refletindo o impacto coletivo do nosso trabalho de conscientização sobre a educação canina gentil e livre de punições. Este momento simboliza a essência do que acreditamos na Jeito Animal: que a compreensão, o respeito e a gentileza podem, de fato, transformar vidas”, diz Pedro Fontoura.
Adestramento positivo
Ele explica que existem vários métodos de adestramento no Brasil, mas a Jeito Animal usa o positivo, baseado em pesquisas científicas e difundido por veterinários e comportamentalistas respeitados mundialmente.
No adestramento positivo os tutores participam ativamente do processo, assistem às aulas que são feitas na casa deles e colocam em prática os exercícios que são ensinados.
“Não são usadas broncas, punições e nenhuma forma de agressão. O aprendizado se dá com reforço positivo: brincadeiras, carinho ou alimentos, como petiscos ou a própria ração”, explica Fontoura. Quando o comportamento está bem consolidado não é mais necessário reforçar com uso de petiscos.
O adestrador ressalta que broncas e punições como aplicar castigos, produtos amargos, borrifadores de água, dar sustos, restringir a convivência com a família ou até usar violência física (como tapas e cutucões) podem parecer soluções rápidas, mas seus efeitos são nocivos.
“A confiança entre tutores e cães é prejudicada, porque o animal associa negativamente a interação com os tutores e isso gera insegurança”, alerta.
Negócio
Colocar essas relações nos trilhos é a missão da Jeito Animal. “Já transformamos a relação de mais de 5 mil famílias dentro e fora do país, com aulas e consultas presenciais e online”, conta a jornalista Deborah Fertonani, sócia proprietária da Jeito Animal.
A empresa foi fundada pelo seu marido, Pedro Fontoura, em 2015, na época com outro nome, e se tornou Jeito Animal em 2017. Hoje, é a segunda maior franqueadora de adestramento positivo do Brasil e a primeira com equipe interdisciplinar (veterinárias psiquiatras e adestradores trabalhando em conjunto).
Já são 19 franqueados espalhados pelos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Brasília e Amazonas. As equipes atuam com adestramento de pets (cães, gatos e outras espécies), consultas psiquiátricas, terapias integrativas (aromaterapia, floral, acupuntura), vacinas lowstresse e uma linha de produtos.
Mas o propósito da Jeito Animal não é só disponibilizar serviços que resolvem problemas de comportamento dos pets, mas levar informação e direcionar as pessoas para que possam ensinar e entender as necessidades de espécie do seu pet, atuando também na prevenção.
Por isso, a equipe investe na produção de conteúdo gratuito para conscientização de tutores e soma quase 220 mil seguidores engajados nas redes sociais.
Mais informações: @jeitoanimalbr
Deborah Fertonani: 41-99871-1224